quarta-feira, 31 de outubro de 2012

30/10/2012
 
Amigos,
Hoje me acabei!!!!
Fez um calor de 35°C!
Mesmo o barracão sendo fechado por apenas 2 paredes laterais foi infernal. Com os EPIs então, suei muito o dia todo.  Bebi 4 L de água do galão! Por aí já dá para ter uma idéia do suador.
Mas, foi muito legal a resina cura muito rápido. Só que eu não tiro os sargentos antes de 48h, no caso de hoje só vou tirar no sábado.
Bem, ao chegar no estaleiro fiz uma limpeza geral. Já estava com muito pó no interior do casco e o ambiente estava sujo mesmo.
Depois, começei pelas trincanizes de bombordo. Já terminei todas as trincanizes na 1° camada. Salvo, na popa que já fiz as duas trincanizes. Não sei se sou otimista demais, mas estou caprichando muito e refazendo se não fica perfeito. Estou achando o aprendizado muito rápido e a criatividade aparece a toda hora.
Ainda não colei as ripas da quilha estrutural, pois quero terminar as trincanizes para prender nelas uma série de vigas que irão pressionar as ripas da quilha estrutural. Farei na popa alguns furos no casco para tracionar as ripas, sobre tudo na seção do eixo do leme e 1 m à proa. Na junção da roda de proa com a quilha estrutural tb vou passar parafusos, talvez 2.
Colar mais 2 peças da trincanizes foi rápido, gastei apenas 1h do dia.
Bem, para não perder tempo inaugurei a regua flexivel e fiz os moldes das hastilhas em papelão. Não me contentei e fiz logo as 6 hastilhas com a madeira maciça.
 
Como eu construi as hastilhas?
Peguei a régua flexivel e pra falar a verdade não gostei muito. Talvez, por ser a primeira vez! O que mais gostei mesmo, foi fazer o molde em papelão, com as hastilhas antigas. Depois, coloquei no lugar e passei uma caneta piloto. E cortei novamente a curvatura no papelão. Claro, que previamente deixei uma folga na altura.
O resultado nunca é anatômico, a folga maior ficou em 4 mm numa parte de uma hastilha. Mas, ainda tenho que fazer uma ajuste fino quando a quilha estrutural ficar pronta. Afinal, eu nivelei e medi tudo várias vezes. No entanto, com a quilha estrutural já finalizada, eu terei que fazer mais uma corte em cada uma e assim eu faço o ajuste final de altura e inclinação. O corte fiz na serra circular de mão, o resultado foi muito bom. Pra falar a verdade foi melhor que utilizar a tico-tico. O ajuste fino farei com a esmerilhadeira. De resto ficou muito bom!! Esqueci a máquina de retrato! Bem, na sexta feira devo ir novamente e faço as fotos das trincanizes e hastilhas.
Cortando as hastilhas consegui guardar 2 potes de 2L de sorvete com o pó da madeira. Que pretendo utilizar nos filetes as anteparas e seções.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Curitiba fez um calor invejável!! Mais de 30°C, coisa incomum por aqui.
Aproveitei para resinar a trincaniz de bombordo, a primeira ripa. Para cada bordo, fiz duas ripas por camada. São duas camadas, mesmo com os 15 sargentos emprestados do Jorge ainda precisaria mais. O ideal é ter pelo menos 100 sargentos para as trincanizes, mas com os preços variando de R$30,00 até R$50,00 prefiro trabalhar mais devagar. Depois, da colagem das trincanizes acho que os sargentos não serão mais tão necessários, principalmente nesta quantidade. Por isso, não investirei neles.
Desta forma, irei demorar pelo menos 4 dias de trabalho com intervalo minimo de 48h entre eles para curar bem a resina e não se soltarem na retirada dos sargentos.
Na sexta-feira dia de finados, tentarei fazer a colagem da segunda camada de trincanizes somente com os parafusos de inox de 10cm. Se for viável, poderei terminar em 2 dias de trabalho, pois poderei soltar os sargentos após fixação dos parafusos que são previstos em projeto para versão casco de fibra de vidro.
Amanhã, farei 2 cavaletes para trabalhar e depois vou cortar mais umas vigas em ripas de 5x2,5cm. Vou preparar a viga do leme e do suporte do mastro na antepara B. Vou lixar e cortar na medida exata de projeto. 
Ainda estou indeciso se utilizo as ripas de cedro rosa para fazer as hastilhas ou madeira maciça que já tenho. Vou consultar meus Mestres Paulo e Jadyr. 
Já preparei a documentação para fazer o curso e prova da Capitânia dos Portos para mestre amador. Vamos ver!!! Se tudo der certo já serei mestre em novembro.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

No dia 21/10, fiz a colagem da trincaniz e a resina ficou perfeita. Com a consistência de uma graxa, não escorreu nada. Fiz um acabamento com o dedo, parecido ao filete. Deu orgulho do resultado.
Aproveitei e colei uma peça de compensado de 25mm para fechar o fosso que existe no lugar da quilha. Vejam as fotos.
Já desenvolvi uma habilidade de trabalhar sozinho. Tarefas como colocar a trincaniz de 6m no bordo e prender com sargentos no local exato. Não é fácil, mas levou 20min. Com meu amigo Paulo levamos 2 dias para colocar todas sem resina.


Peça de compensado de 25mm para preencher o fosso da quilha, os parafusos de 20mm seguram a peça no lugar. Os vazios entre a peça e as paredes do fosso, são preenchidas com resina de colagem com maior fluidez que as utilizadas nos bordos com as trincanizes.

 Detalhe da colagem da peças de compensado no fosso da quilha.
 
Mais um detalhe da peça que tampou o fosso da quilha, os parafusos foram envolvidos em saco plástico para evitar sua colagem ao casco. São apenas provisórios, os definitivos serão os da quilha, em inox.
 Primeira trincaniz colada com perfeição, não houve nenhum ponto onde escorreu a resina de colagem. Não pingou no casco. Excelente resultado!

No final de semana do feriado de 12/10 trabalhei na sexta (12/10) na lixagem das trincanizes, e ripas da quilha estrutural. Lixei e limpei as paredes do costado na parte interna, onde serão coladas as trincanizes. Preparei mais algumas ripas para quilha estrutural.
No dia 13/10 fiz a primeira experiência com a resina epoxi de colagem. São 3 componentes mais o aerosil, o ponto ideal da mistura só é possível com experiência prática. Para cada tipo de local e peça que deve ser colada a consistência da resina muda. Isso dificulta, mas rapidamente a gente consegue ficar treinado. Comigo foi só uma vez para entender que a mistura ficou fluida demais. Como resultado escorreu tudo ficando alguns locais ocos atrás da trincaniz. Resolvi retirar para refazer e garantir uma boa colagem.
 
Pela foto não dá para ver, mas a resina escorreu. No dia seguinte, retirei para refazer com o aprendizado. Os sargentos vermelhos foram emprestados gentilmente do Jorge Dias.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fim das trincanizes e da impermeabilização da parte interna do casco. Selecionei e fiz as medidas das  ripas que farão parte da quilha estrutural. Preparei os dois moldes para fechar o fosso da quilha, fiz os furos para prender com parafusos para garantir uma boa colagem. Por estes mesmos furos e parafusos irei prender as ripas da quilha estrutural.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Neste domingo, 16.9.2012, fiz a lixagem das trincanizes para aplicação da segunda demão de epoxi. Limpei todas as peças e passei o epoxi. Percebi que na primeira demão havia formado algumas bolhas, bem pequenas, parecidas com ovos de insetos. Acredito que foi em função da pressa! Pois, ainda não tinha experiência para saber ajustar a quantidade de resina com o tempo necessário para o trabalho. Assim, que cronometrei o serviço e ví no relógio que não rendia. Mostrando que preparei mais resina que precisava. Comecei a trabalhar mais rápido e mais rápido. De tal maneira, que o pincel levou muitas bolhas de ar para a superficie das trincanizes. Tirei tudo na lixagem, mas ficou o aprendizado e o gasto maior de tempo e resina. Mas, sem isso não se aprende! kkkk
Por isso, o mais importante é começar por peças que ficaram embutidas. As peças aparentes tem que ter um acabamento perfeito.
Apesar, de ter tempo para limpar o interior do casco e passar a segunda demão de epoxi. Fiquei com muita preguiça e voltei para casa, para almoçar com as crianças e aproveitar o raro sol de Curitiba.
As fotos postarei amanhã, pois já está tarde!

domingo, 9 de setembro de 2012

Na sexta-feira, 07.09.2012, fiz a limpeza do casco com água e depois com alcool isopropílico. Como disse uma vez o mestre Paulo, a gente tem que levar tudo que possui de material e ferramentas. Pois, na hora pode ser que não dê para fazer uma tarefa,  gente faz outra e não fica parado. Outra coisa importante são os imprevistos. E foi exatamente isso que ocorreu neste fim de semana...
Precisei de mangueira para limpeza do casco e não tinha, então lembrei da mangueira de nível. Lavei o casco todo, com uma mangueira de nivel com uma vazão minuscula. Melhor assim, que deixar esta tarefa para depois. Não poderia aguentar esperar mais para resinar o interior do casco, a anciedade está forte demais. Faz meses que estou sonhando com esta etapa finalizada, tinha que fazer a primeira demão, para matar a vontade.
Fiz a pintura da quilha com o fosfatizante, ficou melhor que eu esperava. Pude fazer este serviço enquanto o casco secava da lavagem. Se planejar bem, dá para fazer vários serviços sem perder tempo. Depois, do almoço fiz a segunda demão e terminei o fundo, topo e um dos lados da quilha. Quando eu colocar ela no suporte de madeira pintarei o lado que falta e pintarei com tinta para metais, de preferência marítima.
Depois de almoçar dois sanduiches de queijo e presunto com um refrigerante, me empolgei e lixei todas as trincanizes e as duas peças para tampar o fosso da quilha. Assim, que terminnei de lixar as peças, limpei o pó e passei alcool.
Começei a primeira resinagem no Piá. Fiz todo interior do casco com uma demão de epoxi e todas as peças das trincanizes. Para o interior do casco em uma demão de epoxi gastei exatamente 3kg de resina com o catalizador e 40 minutos de serviço. Para aplicar a resina utilizei um rolete de lã de carneiro e um cabo de vassoura.
 Mesa de carpintaria, a imprescindível balança e a resina com o catalizador, ao lado as peças menores das trincanizes.
 Depois, de esquecer uma lição básica dos Mestres Jadyr e Paulo. Deixei as peças depois de resinadas na mesa e não coloquei um plástico por baixo. Resultado grudou tudo na mesa, deu trabalho para soltar.
 A quilha depois da segunda demão de fosfatizante, excelente resultado. Só falta a pintura final.
 Mais uma vista da quilha após fosfatização.
Hoje tive uma boa idéia! Criatividade é tudo! Em vez, de fazer 2 cavalete para suportar as peças resinadas. Fixei 3 travessas de madeira no piso para aproveitar o desnível. Assim, o trabalho com as peças, lixar e resinar, fica mais fácil e mais produtivo.
Neste domingão, após a cura da primeira demão de epoxi. Fiz a lixagem de todas as peças das trincanizes e do interior do casco. Deu um trabalho danado e muito pó. Tentei lavar o casco, mas saia pouquíssima água, desisti. Já aprendi que de um final de semana para outro o vento limpa o interior do casco. Sobrando pouca coisa para eu limpar.